Entrevista com equipe Reckless de BattleBots

Com BattleBots tornando-se ainda mais popular depois da 3ª temporada no canal ABC, robôs mais competitivos estão ansiosos para entrar na arena. Um recém-chegado para a 3ª temporada (esperançosamente) é a UTA Combat Robotics com seu robô: Reckless. É um novo robô inovador que tem grande potencial e foi projetado no SOLIDWORKS. Aviana Knochel respondeu às nossas perguntas sobre ter começado a construir um novo robô:

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SOLIDWORKS: Como você ouviu falar do BattleBots?
Aviana: Eu sou fã desde criança! BattleBots, Junkyard Wars e Mythbusters influenciaram minha infância até minha escolha de carreira. Deadblow era meu Battlerbot favorito e na adolescência, quando descobri que Grant Imahara era um construtor, foi como um quebra-cabeça se encaixando. Eu ouvi sobre a volta no ABC após 10 minutos de ser publicamente anunciado e logo decidi que iria em algum momento de sua execução.

SOLIDWORKS: O que te levou a decidir competir nos torneios de BattleBots?
Aviana: Projeto convencional é chato. Muito chato. Tão chato que no último semestre, o único projeto que foi concluído e funcional foi um conjunto de persianas automatizadas. Eu nunca olhei para as persianas e pensei “isso poderia ser um pouco mais automatizado”. Eu não queria meu nome ligado a um trabalho chato ou fracassado e isso aconteceu ao mesmo tempo que o BattleBots voltava ao ar. Mesmo pensando que a BattleBots é um grande risco, eu estava confiante de que a universidade estaria apta para ter uma outra equipe competindo no palco nacional como nossa equipe Formula SAE e com certeza eles decidiram tentar.

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SOLIDWORKS: Como você começou a construir uma equipe e os robôs?
Aviana: A primeira coisa que você precisa é pessoas boas. Encontrar pessoas que trabalham duro e compartilham sua visão é primordial. Isso não significa necessariamente compartilhar exatamente as mesmas ideias – é bom ser desafiado! Ouvindo “seu ego está nos impedindo de ter um projeto único e possivelmente vencedor” do meu primeiro companheiro de equipe realmente me puxou de volta mais cedo para a Terra no processo de projeto. Mas muita discussão também é uma coisa ruim e todo mundo precisa rever seus egos, ou então você vai gastar todo o seu tempo brigando e não projetando.
A partir daí, você precisa fazer uma lista do que todos os robôs que você admira fazem e uma lista do que você gostaria que o seu robô fizesse, comparando-os. Procure soluções simples quando possível, mas tente fazer seu robô parecer único, se não tiver uma funcionalidade única. Apenas após isso você pode começar a projetar e pensar na fabricação. Na FRC nós chamamos isso de “shotgun brainstorming”: jogue todas as ideias e depois comece a riscar o impossível, seguido pelas ideias da imitação, e então afunile o que restou. Você realmente não precisa mudar as maiores ideias de projeto como a forma de sua arma ou motor antes da primeira semana de projeção.

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SOLIDWORKS: Porque você decidiu utilizar SOLIDWORKS? Que vantagens o SOLIDWORKS te traz na construção de um robô?
Aviana: No ensino médio, eu usava o Pro/Engineer Wildfire 4, e depois mudei para o SOLIDWORKS graças a UTA e meu trabalho na SEW Eurodrive O programa é muito mais intuitivo do que o Pro/E e faz rapidamente o modelo de um robô. A maior vantagem que o SOLIDWORKS nos dá é a habilidade de verificar o peso em tempo real. Para peças compradas, como baterias e cilindros pneumáticos, podemos substituir as propriedades de seus materiais e colocar o peso atual, e então podemos selecionar os materiais atuais que utilizamos para peças customizadas. Deste modo, podemos ficar com um pouco menos de 113 quilos e ajustar nosso centro de gravidade para distribuir melhor o peso do robô na nossa unidade de tração. Podemos ter o robô completamente modelado por peso e ter uma margem de erro de meio quilo para fios inesperados, e assim não precisaremos colocar materiais desnecessários para voltar ao peso ideal de 113 quilos.

SOLIDWORKS: Quantas horas levou para projetar seu robô no SOLIDWORKS?
Aviana: A equipe levou aproximadamente 30 horas projetando o protótipo no SOLIDWORKS. Reconhecidamente, a engenharia deste protótipo esta mais focada nas ideias gerais do desempenho em si, já que nós só precisamos de rodas no chão para a prática de direção e para a demonstração do conceito. A versão final precisará de mais trabalho, uma análise e materiais melhores do que apenas jogar uma chapa de aço dobrada.

SOLIDWORKS: Você tem um atalho ou uma função preferida do SOLIDWORKS?
Aviana: É uma coisa muito pequena, mas eu honestamente amo a ferramenta Converter Entidades. Ela agiliza meus processos e torna muito mais fácil adicionar toques orgânicos ao modelo. Eu provavelmente abuso um pouco disso, mas se isso significa passar menos tempo fazendo o modelo, é isso que importa.

SOLIDWORKS: Se você pudesse desenvolver uma “arma dos sonhos” para seu robô, qual seria?
Aviana: Bem, nós estamos usando uma delas agora, mas minha outra arma dos sonhos é um machado como Bombshell, que é bem útil. Eu não gosto da tendência Chomp de se lançar sobre os outros. É extremamente difícil de ser realizado em BattleBots, mas isso desperta o lado Celta em mim.

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SOLIDWORKS: Qual foi a sua melhor experiência com BattleBots?
Aviana: Aprendendo sobre a mera existência de Charles da Team Overhaul. Esse cara é absolutamente hilário e seus sapatos são extremamente estilosos. Ele e Ray são meus membros favoritos da comunidade, não vejo a hora de conhecê-los.

SOLIDWORKS: Quando e qual foi o primeiro robô que você construiu?
Aviana: Meu primeiro robô foi um pequeno robô Mindstorms LEGO para o FIRST Lego League, lá na quarta série. Foi o ano da estreia da minha escola e nós ficamos em algum lugar perto do 63° ou algo parecido. No ano seguinte nos ficamos em 19° e a partir daí, eu estava presa.

SOLIDWORKS: Quão bem você foi na sua primeira competição? O que você aprendeu com essa experiência?
Aviana: Bem, os robôs que nós construímos em 2010 e 2011 e a experiência da minha equipe, além da experiência do meu companheiro de equipe Brian com Mecanum no robô de 2012 da sua equipe, realmente formaram nossa escolha de projeto. O robô de 2010, Dynamite, foi jogado no BattleBots na sua primeira competição. Nós fomos duros e selvagens e provavelmente deveríamos ter recebido muito mais do que cartões vermelhos, já que danificamos outros robôs intencionalmente, mas foi construído com um tanque e jogado com uma defesa inacreditável. Esse ano eu aprendi duas coisas: construir o robô para a competição atual, não apenas o que você quer construir, e se você quer vencer, esmague!

SOLIDWORKS: Que lições você aprendeu na primeira e segunda temporada?
Aviana: Depois de assistir ambas temporadas no conforto da minha sala, a maior lição que eu vi foi que as praticas de direção importam. Assistir os motoristas ultrapassarem suas metas e depois corrigirem ou apenas perderem três minutos no tempo estava realmente me enfurecendo. Um bom condutor pode fazer mais com um robô medíocre do que um condutor medíocre pode fazer com um bom robô. É por isso que o Ray é tão bem-sucedido: ele tem a máquina mais simples da competição, mas ele dirige com um controle incrível. Antes de assistir tantos motoristas falharem, meu objetivo pessoal é sair como Ray Billings. Se eu conseguir fazer isso, eu poderia ter uma chance.

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